A água é substancial à vida. É ainda eficaz dizer que, é quase certo que a existência dos seres vivos surgiu nos oceanos; e, todas as formas viventes que habitam o planeta terra, dependem absolutamente da água para sobreviver.
As águas do nosso planeta são as mesmas há milhões de anos, realizam seu ciclo natural de evaporação, chuva, penetração no solo e formação de fontes, rios, lagos e lençóis subterrâneos; e desde o século passado as águas vêm perdendo a sua pureza, por causa da poluição e do excessivo aumento do consumo humano, ocasionando barbáries ao meio ambiente; provocados pelos detritos de esgotos domésticos, e da indústria moderna. Também por pesticidas usados na agricultura, que são transportados pelos rios até o mar, contaminando as águas, a vegetação e os animais (com isso, peixes e outros moradores das águas são envenenados).
Durante muito tempo a humanidade alimentou a convicção que, os oceanos e mares, por serem tão grandes, jamais ficariam poluídos; e prosseguiu poluindo, sem inquietar-se com os prejuízos que dali resultaria; hoje é sabido que, as águas oceânicas apesar de imensas, têm um limite, e, em alguns lugares elas estão atingindo esse limiar: Praias tornam-se nocivas para a saúde humana, a água potável torna-se escassa e, sobretudo, nutre a sede comercial dos homens; fazendo crer que, a partir deste século, preservar água será um enorme desafio para a humanidade.
Nas últimas décadas, o homem destruiu o meio-ambiente, confiante que a natureza era infinita; ainda, por que acreditava que tudo que era retirado do universo poderia ser corrigido ou reposto pela mesma; atualmente já se sabe que, muitos danos causados à biosfera tornam-se irreversíveis, e se forem contínuos, ameaçam à sobrevivência humana; dentre alguns dos causadores destes danos está o petróleo, desde que se tornou a principal fonte de energia da sociedade contemporânea, o seu transporte tem provocado desastres ecológicos hediondos, envolvendo navios petroleiros, que com o derramamento de seus tanques, milhares de toneladas de óleo espalham-se pela costa litorânea causando um prejuízo incalculável, para a fauna e a flora.
É chegada à hora de fazer alguma coisa, tomar providências, fazer valer os discursos politicamente corretos (fala-se muito em proteção ambiental, movimentos a favor do planeta, sobretudo, da água e do meio-ambiente); é o momento de valer-se do conhecimento contemporâneo, da ciência e tecnologia, na descoberta de meios que facilitem os cuidados e contenção da água, na forma correta de irrigar sem desperdiçar, na postura de arquitetar procedimentos que favoreçam e enriqueçam a produção de soluções em favor do planeta água. É hora de erigir a bandeira que protege e dinamiza a vida; e acima de tudo, investir na preservação da biodiversidade do universo para que seja garantido o equilíbrio ecológico; sem esquecer de mobilizar a educação, em relação ao desperdício do pouco de água que ainda nos resta, para que os nossos descendentes não sejam compelidos a passar necessidade.
O ser humano precisa respeitar e admirar o seu habitat, cuidar deste rico patrimônio para que não pereça, afinal, o mundo pertence a quem habita nele; e deve sempre rememorar que tudo tem que ser cultivado e aperfeiçoado, para que as gerações futuras possam desfrutar também das suas riquezas. E tomar consciência da sua importância no desenvolvimento e no progresso de cada iniciativa tomada, em prol da natureza e consequentemente da própria humanidade.
RODRIGUES, Joana. As crônicas de Joana Rodrigues: A vida não é só poesia. 1. ed, Juazeiro do Norte. Clube de Autores. p. 11-13. 2012
By Joana Rodrigues
JOANA RODRIGUES
Enviado por JOANA RODRIGUES em 03/12/2009
Alterado em 11/06/2014
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