Que linda ilha, que belo lugar: Templo da poesia, ilha de Paquetá. Exalta a minha veia poética: Menina suave, aquarela de todas as cores, Faz-me ruminar sonhos, oh, ilha dos amores. Quero ser banhada no teu sol e no teu mar, ao amanhecer... Encher os meus olhos na baía da Guanabara, ao entardecer. Moça serena, que me faz sentir plena, Embala-me na melodia dos sagüis, e no canto dos passarinhos, Na beleza das garças pousadas nas pedras redondas; O balanço da charrete faz a imaginação manar, Inalando a tua brisa afável, a embriagar. Mulher admirável, linda de se apreciar, Fecho os olhos e imagino o teu cheiro, Princesinha do Rio de Janeiro; Aprazível de ser sorvida, entre os passeios: De caiaque, canoa e trenzinho, em meio às pedaladas, Com carinho, no pedalinho... Vendo a Maria gorda e o flamboyant; Na ponte da saudade, na vista do farol, na janela do mirante... Na praia da moreninha esqueço os meus tormentos, Em cada cantinho brotam as palavras e os sentimentos; Ilha de muitas histórias, bairro de grande bravura, Insinua saudade, lembrança, candura... E do meu coração emana uma prece: Ó Deus, que aos poetas vigia, Transborda sobre esta ilha a tua simpatia, Para que aqui só impere a harmonia e a emoção, E em cada verso e cada prosa se contemple uma canção. É aqui o paraíso da alegria, e os nossos netos dirão: Vamos à Ilha de Paquetá, onde reina a poesia.
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