SEDIÇÃO DE JUAZEIRO DO NORTE - CEARÁ
A Revolta que decidiu o destino de Juazeiro. Ainda no pré-Modernismo, ocorreram no interior do Ceará, algumas revoltas denominadas Sedição de Juazeiro; essas revoltas ocorreram por conta da tentativa do governo federal de intervir na política estadual, com a intenção de que opositores do partido não fossem eleitos. Nessa época, o Ceará era dominado por várias oligarquias, que queriam tomar o poder do estado, pode-se dizer que era uma terra sem lei e com muita impunidade. O prefeito de Juazeiro era Cícero Romão Batista, que por sua dedicação ao povo dessa cidade, foi denominado ‘santo’ e era chamado por todos de “padim ciço”. Preocupado com o destino da cidade, o padre e também prefeito, resolveu se juntar à família Acioly. Em 1912, o governo federal conseguiu tirar do poder essa família com a nomeação de Marcos Franco Rabelo, restando apenas o cargo de vice-governador para o padre. No ano de 1913, Marcos Franco Rabelo indignado com o padre, por conta da sua decisão de lutar contra a cobrança de impostos em Juazeiro, rompeu com o seu partido e passou a perseguir o padre Cícero, destituindo-o de seus cargos e condenando-o à prisão. Com a ajuda de Floro Bartolomeu, o sacerdote conseguiu reunir jagunços e romeiros, que cavaram uma vala de nove quilômetros de extensão e construíram um enorme muro de proteção no refúgio do padre, a colina do Horto. As forças de Rabelo, ao se depararem com a muralha de pedra viram que era impossível continuar o ataque e recuaram para pedir reforços.
No começo de 1914, Rabelo tentou outro ataque que foi mal sucedido. Os revoltosos de Juazeiro encontraram grande facilidade em derrotar as tropas de Rabelo e decidiram invadir as cidades do estado, obtendo sucesso em todas as investidas. Em março do mesmo ano, Rabelo não aguentou a pressão edesistiu do cargo, acalmando assim a fúria do povo que retornou a sua cidade. No fim da década de 1920, o padre foi excomungado pela igreja católica, e sofreu retaliações políticas. Em seu testamento, Padre Cícero nega qualquer participação, seja ela direta ou indireta com o movimento dos revoltosos.
Hoje a cidade e seus visitantes comemoram a lembrança do padre; no entanto, muitos desconhecem a sua participação nos conflitos citados anteriormente. Fé na atualidade de Juazeiro. O que já foi um espaço de batalha, hoje é uma cidade cosmopolita, que recebe de modo singelo os povos de varias regiões. A colina do Horto que já serviu de abrigo na guerra traz agora paz e esperança para todos os que têm fé. Partindo da afirmativa de que Juazeiro do Norte é a cidade que mais se desenvolveu no interior do estado do Ceará é correto afirmar que sua magnitude se dá por conta da presença do Padre Cicero no passado da cidade. É necessário observar que esse crescimento é decorrente dos “milagres” que o povo acredita ser obra do padre. É em Juazeiro que acontece todo ano, uma das maiores romarias do nordeste a romaria das candeias que pode ser determinada como um belo espetáculo de fé e luminosidade. Local onde ocorreu a batalha da sedição hoje é palco da fé. Disponivel em: http://www.cidadeurgente.net/2011/12/turismo-religioso-leva-milhoes-de.html Conheça melhor os autores da reportagem Equipe "Eatrelas do GAB" Bruna Kelly, 17 anos, 3° ano do ensino médio, estuda no colégio Governador Adauto Bezerra. Inteligente e interativa. Ela se destaca por sua capacidade de trabalhar em equipe. Cicero Cordeiro, 17 anos, 3° ano do ensino médio , estuda no colégio Governador Adauto Bezerra. Participativo e criativo além de gostar bastante das materias relacionadas à área de humanas. Eliete de Castro, 38 anos, graduada em História, especialista em História e Sociologia,leciona em escolas da rede pública e privada de Juazeiro do Norte e Crato-Ce, apaixonada pela História e pela arte de educar. Uma pessoa muito criativa e comunicativa, se destaca por ser muito enérgica. Leonardo Souza, 17 anos, 3° ano do ensino médio, estuda no colégio Governador Adauto Bezerra. Esforçado e divertido. Possui um humor agradável e uma ótima personalidade. Equipe aponta o que menos gosta e o que mais gosta na Olimpíada de História A equipe mais gostou do fato da olimpíada ser semelhante a um desafio. Logo fomos estimulados a nos superar. O que a equipe menos gostou foi o fato da olimpíada ser muito extensa.
JOANA RODRIGUES
Enviado por JOANA RODRIGUES em 09/10/2012
Alterado em 10/10/2012 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |
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