MEU CAFEZINHO!

O café é a terceira bebida mais consumida do mundo. Tem origem na África, passou a ser consumido na Europa, posteriormente nas Américas, na época das colonizações, até que atingiu o mundo inteiro.

Você sabia que a média de consumo no Brasil é a maior do mundo? Pois é! Essa difusão global do café em diferentes culturas permitiu que, ao longo dos anos, diversos métodos de extração fossem desenvolvidos e adaptados. Sim, o café coado é fruto de um processo chamado extração!

Antes de chegar às prateleiras de mercado, o café é colhido, passa pelos processos de fermentação, torra e moagem.

As variações em cada um desses procedimentos geram pequenas mudanças no produto final que proporcionam cafés com sabores diferentes, afinal quando o grão passa por diferentes processos físicos e químicos, ele sofre alterações na estrutura, mudando suas propriedades e até mesmo degradando alguns componentes, o que provoca alterações no gosto final.

O processo de extração está regido sobre as mesmas condições.

Conforme é submetido a diferentes alterações de temperatura e pressão durante a extração, as substâncias podem se degradar ou não, alterando significativamente o sabor final.

Os processos de extração são os mais diversos, prensa francesa, cafeteira moka, coadores de pano ou de papel, entre outros.

Ainda que ocorram diversas variações, a maioria delas consiste em passar água quente pelo café torrado moído, permitindo que algumas substâncias passem do sólido à água, formando uma mistura.

Na série Breaking Bad o personagem Gale cria um sistema de controle de pressão e temperatura para fazer de café.

Ele tenta fazer o controle desses parâmetros para trazer o sabor à bebida sem degradar os componentes.

Gale afirma na série que a quantidade de uma substância chamada ácido quinínico é que interfere no sabor da bebida.

Bom, de acordo com algumas pesquisas existe sim uma ligação entre a quantidade do ácido quinínico e o sabor amargo, mas ainda assim existem outros componentes responsáveis pelo sabor final do café.

Um dos componentes mais difundidos do café é a cafeína, que é uma substância termoestável.

Essa é a razão pela qual ela não é degradada nos processos de extração. 

Nas plantas a cafeína atua como um pesticida natural, protegendo-as de insetos que poderiam se alimentar delas.

No organismo humano, a substância em geral está associada à estado de alerta, atenção, sensação de bem estar e diminuição da fadiga (por isso é tão bom aquele cafezinho de manhã).

É interessante comentar que ela é componente de diversos medicamentos de depressão e ansiedade.

Porém é necessário estar ciente que existem alguns efeitos colaterais associados a consumo elevado, como sensação de ansiedade e alterações no sono.

É válido também sempre lembrar que experiências como apreciar café estão sujeitas à diferentes parâmetros que são estabelecidos pela própria pessoa.

Assim como pessoas com gostos diferentes podem ter opiniões diferentes sobre o que é um bom café e como ele deve ser feito, o organismo de cada um processa os componentes de forma diferente.

E você? Gosta do seu café mais forte ou mais fraco? Com açúcar ou sem açúcar? Pode tomar café antes de dormir sem atrapalhar o sono? 

Todas essas perguntas são muito individuais e cabe a cada um experimentar com responsabilidade até encontrar a melhor forma de viver a experiência que é tomar uma boa xícara de café.

Amo meu cafezinho!

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